O Korrigan é uma criatura lendária da Grã-Betanha e se compara à elfos, fadas e anões. Criatura benevolente ou maliciosa, conforme a ocasião se apresenta com extrema generosidade ou capaz de terrível vingança. Korrigan (do bretão “corr” quer dizer anão, diminutivo “ig” e sufixo “ano” de plural “Korriganed”) significa “anão” com um sufixo hipocorístico muito comum em nomes pessoais. Para as fêmeas usa-se o nome Korrigane, o que pode significar uma fada má, embora seja mais conhecida como pixie. Korrigan faz referência a um anão, não confunda com o leprechaun. O prefixo corr proveniente da literatura galesa pode denotar “anão” e a língua córnica moderna possui a palavra korrik, de plural korrigow, para designar um gnomo ou duende.
Os Korriganed também fazem parte dos “pequeninos”, são espíritos que tomam a aparência de anões na tradição celta, especialmente na Bretanha. São de aparência variada, pode ser dotado de um belo cabelo e olhos vermelhos que são supostamente para enfeitiçar mortais ou são simplesmente descritos como seres pequenos, pretos e peludos, com chapéu liso e fita de veludo, já para as fêmeas bonés violeta. Segundo Pierre Dubois eles são anões com chifres altos como os de bode medindo de um a dois côvados (antiga medida que onde o comprimento se baseia no antebraço), cascos de ferro e garras de gato.
Os contos em sua maioria se passam em cavernas, mamoas e dólmenes. Mas eles também assombram fontes e charnecas do país. Eles são atribuídos a anéis de fadas e são encontrados em prados ou florestas. Geralmente estão dançando em círculo sob a luz do luar. Caso um mortal os incomode, às vezes eles oferecem desafios que, se bem sucedido, dão-lhe o direito a um desejo ( o que geralmente é o caso para homens de bom coração), mas pode, caso falhar, se transformar em armadilhas mortais que o leva para prisões subterrâneas sem esperança de algum dia possuir liberdade.
Dizem que na noite de 31 de outubro, são abundantes perto dos dólmenes, prontos para levar suas vítimas ao mundo subterrâneo e vingar os mortos que foram vítimas de malfeitores que ainda estão vivos. Está tradição tem se conectado ao tradicional Halloween Celta, a celebração de Samhaim. Às vezes eles simbolizam a resistência da Grã-Betanha ao cristianismo, então, prontos para suas travessuras noturnas se encontram perto das igrejas para levarem os sacerdotes alvejados.
Nos últimos anos o Korrigan se tornou bem conhecido devido as ilustrações e a literatura popular bretã. Pascal Moguérou tem sido um artista favorito por suas ilustrações com a temática da fantasia, sendo possível ver muitos Korriganed em seu trabalho. Barradig o Korrigan Roc’h Trevezel por Cie. Coppelius trata-se de um espetáculo mágico apresentado por meio de bonecos tradicionais, os textos são ditos e cantados pelos personagens em canções tradicionais irlandesas e músicas do folclore bretão. Barradig é um Korrigan que habita as montanhas Arrée de Roc’h trevezel onde se vive dias de paz, até que seu melhor amigo Tad Hunvreer desaparece sem deixar vestígios. Ele vai procurar por ele e segue caminho acompanhado de um arminho, encontrando pela frente as misteriosas criaturas que habitam as noites e o imaginário da Bretanha.

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